As chapas que concorrem às prefeituras no Brasil devem ter, obrigatoriamente, dois candidatos: a prefeito e a vice. Durante a semana, Gabriel Corrêa, gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, alertou para uma questão fundamental. Foi durante um evento online que debateu o desempenho catastrófico no Estado no quesito educação do Índice de Desenvolvimento RS – estamos na constrangedora 16ª posição em relação às outras unidades da federação.
Na conversa, que contou também com a participação do professor da PUC Ely José de Mattos, Gabriel sugeriu que os eleitores cobrem dos futuros prefeitos uma escolha técnica para suas secretarias de Educação. Pela relevância do cargo, na prática bem maior do que a do vice-prefeito, essa definição jamais poderia estar condicionada a costuras políticas que envolvam formação de governo, se a área é mesmo prioridade, como tantos prometem. Por isso, vou além. Secretário da Educação deveria ser anunciado antes da eleição, para que esteja blindado e possa trabalhar sem obrigações de agradar aliados ou garantir votos na Câmara Municipal, mas, principalmente, para que os eleitores possam avaliar quais as ideias que nortearão a gestão da pasta.
Fica o desafio, não como uma cobrança ou uma acusação, mas sim como uma contribuição para que o discurso de prioridade se materialize: que os candidatos a prefeito digam logo quem comandará a educação. Será uma mensagem poderosa aos eleitores.