Começo dizendo que não são todos, para não repetir o erro que cometi dias atrás ao generalizar. Há muita gente cordial e que sabe conversar entre os defensores de Jair Bolsonaro.
Feita essa justa ressalva, me explico. Desde o começo do governo, eu vinha repetindo que o presidente se expunha demais. Que falava como um destrambelhado, que não se comportava de acordo com a dimensão do cargo, que tornava desimportante as suas falas pelo excesso de declarações inoportunas. E aí, era chumbo da ala radical. Nem vale a pena repetir os xingamentos, mas era muitos e variados. Eu tentava argumentar, dizendo que não tenho paixões políticas, mas que o comportamento do presidente era ruim para ele e para o Brasil. Fui transformado em inimigo da humanidade por um grupo barulhento, emburrecido e agressivo.
Passaram-se os meses e, finalmente, alguém me deu razão: o próprio Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, o presidente assumiu, não apenas porque está com covid-19, espero – uma postura bem mais comedida. Não deixou de acreditar no que acredita e continua sendo elogiado e criticado por isso. Mas, depois de um ano e meio de governo, parece finalmente ter compreendido que economizar palavras e conflitos é bom para ele e para o país. Tomara que dure. Escrevi dias atrás que ainda era cedo para acreditar nesse novo perfil "paz e amor". Mas o tempo está passando e o presidente se mantém firme no esforço para não criar atritos inúteis. Os raivosos de Facebook andam cabisbaixos