Duas semanas depois da passagem de um ciclone pelo sul do Brasil, cidades e famílias ainda trabalham para reconstruir vidas e prédios. A chuva e os ventos de mais de 100km/h atingiram dezenas de cidades, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ocasionando mortes e destruição.
Existe uma outra frente de trabalho invisível, mas que dá a dimensão dos danos causados pelo fenômeno meteorológico: as seguradoras montaram uma força-tarefa para agilizar a tramitação de mais de 20 mil sinistro em apólices residenciais, empresariais e de condomínios.
Do total, 70% são em Santa Catarina, cerca de 30% no Rio Grande do Sul e um pequeno residual no Paraná. De acordo com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), as principais causas das ocorrências foram os vendavais, que ocasionaram destelhamentos e alagamentos nos imóveis, e danos elétricos em aparelhos domésticos. “Esse foi o ciclone que causou o maior impacto no Brasil nos últimos anos. O uso de soluções digitais ajudou muito na abertura dos sinistros e na realização das vistorias remotas, agilizando todo o processo”, explica Jarbas Medeiros, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg.
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados, até maio, a Região Sul representou 24,5% das receitas dos seguros patrimoniais e 30% do total de indenizações pagas no Brasil, ainda sem considerar o impacto do ciclone-bomba. Essa região também é responsável por cerca de 22% das residências no país com seguro contratado.