Os dados a serem anunciados hoje pelo governo refletirão a manutenção da queda geral dos índices de violência no Estado. O trabalho da Polícia Civil e da Brigada Militar, aliado à queda do movimento nas ruas, são fatores decisivos para a compreensão do fenômeno. Mais uma vez, o destaque negativo ficará por conta do feminicídio, que segue em alta. Não há certeza de que esse resultado tenha relação direta com o isolamento social, pois o número de assassinatos de mulheres motivados por ódio ligado ao gênero já vinha subindo desde o ano passado.
O trabalho preventivo capitaneado pela Secretaria de Segurança vem dando resultados satisfatórios. Ações do governo, de cidadãos e de empresas junto a comunidades carentes também contribuem para o controle da pressão social neste momento em que o desemprego ameaça boa parte da população. Por outro lado, a soltura de um importante contingente de condenados, que voltaram às ruas, reacendeu antigas rivalidades e motivou acertos de contas entre facções, o que se reflete nos números de homicídios.