O jornalista Caio Cigana colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço.
Uma promissora iniciativa que integra o Pacto Alegre será lançada hoje, na Capital. A intenção é aumentar as chances de que a produção científica das universidades gaúchas tenha aplicação prática. A Rede Sapiens nasce com a missão de conectar o conhecimento gerado por mestres e doutores a empresas e à sociedade. A forma é simples. Os pesquisadores gravam um vídeo de até três minutos explicando, em termos mais compreensíveis, os resultados de suas teses e dissertações. Haverá uma curadoria para avaliar o conteúdo, a veracidade das informações e se, de fato, é algo original. Uma vez aprovadas, as apresentações ficam disponíveis ao mercado, que pode encontrar ali ideias inovadoras e com viabilidade.
– O Rio Grande do Sul produz cerca de 6 mil teses e dissertações por ano e a grande maioria não se transforma em conhecimento aplicado. A economia é cada vez mais alavancada no conhecimento e, por isso, não podemos desperdiçar esta nossa riqueza, baseada no talento e na educação. Temos uma produção científica de qualidade muito alta – explica Alexandre Trevisan, CEO da uMov.me e criador da Arena uMov.me, plataforma de inovação social inspirada na economia do conhecimento e onde será a apresentação da novidade.
A iniciativa do Pacto Alegre tem a colaboração da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado, da Fapergs, da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação, da uMov.me Arena, de universidades do Estado, entidades setoriais e empresas. Ou, seja tem uma perspectiva colaborativa.
Com a ajuda de uma série de companhias, foi obtido aporte de R$ 35 mil para agraciar estudantes em dois prêmios: Conexão com o Mercado e Engajamento. Mas a intenção é buscar novos colaboradores para ajudar a suportar financeiramente a rede.
Há a possibilidade de participar com cota de R$ 750 para custear ações de divulgação dos trabalhos. Mas o acesso às pesquisas – que estarão disponíveis no ambiente umov.me/redesapiens – é aberto a todos os interessados, sem custo.
De acordo com a secretaria, o Estado é responsável por 11,5% da produção científica do país, apesar de ter somente 5% da população brasileira.