É tudo verdade. Esse hotel onde o presidente Bolsonaro se hospedou em Abu Dhabi é, como diria Tânia Carvalho, um desbunde. Estive lá em 2010, quando o Inter disputou o seu segundo Mundial Fifa Interclubes. Calma. Não me hospedei lá. Fui almoçar, convidado pela empresa que patrocinava o campeonato. Logo, não sei quanto custou. Mas foi caro. Se fosse só pela sobremesa, seria caro. Chocolate coberto com ouro. De verdade. O impacto de estar comento ouro foi tão forte, que nem me lembro do gosto. Havia também em um dos salões uma exposição de arte contemporânea, com obras bem avançadas para um país tão atrasado em políticas de igualdade.
O banheiro então, dava até constrangimento de usar. Eu moraria em um banheiro daqueles. Mas o que mais me impressionou foi uma máquina de autoatendimento no lobby. Em vez de refrigerantes ou mesmo dinheiro, ela fornecia ouro. Você botava dinheiro e ele despejava barrinhas com pesos correspondentes. É fácil ser rico quando a natureza oferece petróleo.
Na saída, quando me dirigia para o ônibus, encontrei a delegação de um outro time que também disputava o campeonato. O time africano que tem como sigla TPM. Um dos dirigentes carregava um saco com bandeirinhas. Pedi e ele me deu umas cinco ou seis. Foi o presente de viagem mais legal que alguns amigos que não torcem para o mesmo time que eu receberam na vida. Garanto.