Várias vezes começo mensagens de áudio explicando: “vou gravar porque estou com preguiça de escrever”. A frase já é, por si só, uma confissão de culpa. Tenho amigos, familiares e fontes que detestam receber mensagens faladas. Outros, preferem esse tipo de diálogo.
Para harmonizar as relações, uma nova etiqueta da comunicação por WhatsApp está se formando. Já aprendi alguns atalhos com pessoas de várias idades e perfis profissionais. A seguir, divido algumas dessas lições, sem qualquer pretensão de dizer o que é certo e o que é errado, mas apenas de ajudar:
1. Pergunte antes se o interlocutor prefere mensagens escritas ou gravadas.
2. Em geral, pessoas que frequentam muitas reuniões, aulas e palestras não gostam de mensagens de áudio, porque não podem ser lidas discretamente no colo ou embaixo da mesa. Todo mundo em volta vê o telefone colado à orelha.
3. É cada vez mais comum a compulsão por abrir instantaneamente as mensagens do Whats, especialmente as de quem você conhece. Por isso, receber uma mensagem de áudio e não poder abri-la porque está em uma aula ou reunião pode gerar um bom nível de ansiedade.
4. Crianças e jovens com menos de 20 anos não se importam. Até preferem mensagem de áudio, desde que não estejam na aula, onde nem deveriam estar com o celular ligado, mas...
5. Se você prefere mensagens escritas ou de áudio, deixe isso claro de forma gentil e explique por que, resumidamente.
6. Mensagens de áudio “encaminhadas” são perigosas. O velho bom gemidão ainda faz as suas vítimas. Procure abri-las em locais seguros.
7. Sempre seja breve e direto. Nada de áudio de cinco minutos.
8. Se você recebeu uma mensagem de áudio e no momento não pode ouvir, escreva de volta e gentilmente explique: “Não consigo ouvir agora, pode escrever?”
9. Ao gravar mensagem de áudio, não precisa gritar. Use o tom de voz normal.
10. Eu não me importo com mensagens de áudio, mas procuro respeitar a preferência do interlocutor.