Uma prática abandonada pelos governos Lula e Dilma voltou a ser obrigatória na era Bolsonaro. Antes de serem anunciados, os nomes de ministros e de presidentes de estatais passam pelo crivo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). São investigados possíveis atos e declarações que possam comprometer a reputação do governo.
Com isso, fica bastante reduzida a margem para surpresas que possam levar ao vexame de tornar público um nome e logo depois ver exposto um passado desabonador e que exija, como já aconteceu no governo Dilma, o recuo de alguma indicação.
A Abin define a sua missão como "antecipar fatos e situações que possam impactar a segurança da sociedade e do Estado brasileiros, de modo a assessorar o mais alto nível decisório do país, bem como salvaguardar conhecimentos sensíveis e aprimorar a atividade de inteligência de Estado". Será uma das áreas fortalecidas do novo governo. O meio militar tem tradição e competência nesse setor.