Para incluir os mais diversos tons de pele, uma empresa gaúcha desenvolveu uma caixa de lápis de com 12 cores. Do marrom escuro até o bege claro, passando pelo amarelo, a ideia é representar a diversidade da população brasileira. O produto será distribuído em seis mil pontos de venda no país ainda neste ano.
Para a doutora em Sociologia e professora da UFRGS Elisabeth Mazeron Machado, é fundamental para uma infância saudável que a criança se reconheça no ambiente em que vive, inclusive quanto à cor de sua pele.
– Esse tipo de iniciativa é fruto de uma imensa luta social da população negra. Abraçar as diferenças não é importante só para a crianças na sala de aula. É para todos, é para a democracia. Aquele lápis de cor salmãozinho, que era chamado de "cor de pele" antigamente, só reforça estereótipos de exclusão racial. – afirma a profissional.
Outra marca, a porto-alegrense Koralle, em parceria com a Uniafro, lançou um estojo de giz de cera com uma dúzia de cores de pele em 2014. O material chegou a ser distribuído a professores da rede estadual de educação.