Lá vem o cara de novo enchendo com esse assunto velho. A Copa acabou. Mas é aí que podemos compreendê-la por ângulos outros.
1. Agora o lado bacana da Humanidade aproveita a vitória da França para tentar provar que a imigração é uma maravilha. É, mas também não é.
O desafio de receber, em um curto espaço de tempo, milhões de pessoas que chegam com outras línguas e outras crenças é complexo. Tem impactos econômicos, políticos e culturais profundos, nem todos positivos. No fim, a mistura e a pluralidade são sempre boas, mas só conseguem jogar na seleção francesa uns 10 ou 15 africanos e árabes, contando titulares e reservas. Exclusão, integração e choque de culturas não se resolvem com uma festa loka na Champs-Élysées.
2. Griezmann simulou a falta que, uma semana atrás, deu origem ao primeiro gol da França. A gente só nota na câmera lenta, quando fica nítido que o craque francês começou a se jogar antes do choque do adversário. Mas foi uma simulação francesa, elegante, plasticamente convincente, perfumada. Então concluo: mentir não é feio. Feio é não saber mentir e exagerar. Aí vira piada planetária.