O projeto de lei que muda as regras para podas e cortes de árvores em Porto Alegre será votado nesta quarta (13/6) na Câmara de Vereadores. O texto permite que as pessoas contratem um serviço privado quando a prefeitura demorar mais de 60 dias para responder a solicitação.
Ambientalistas são contra a proposta, que apelidaram de "arboricídio". Criaram um abaixo -assinado para evitar, o que consideram, o "acinzamento" da cidade. Hoje, o tempo médio para que o atendimento ocorra é de mais de 45 dias.
A ideia foi do vereador Moisés Barboza – líder do governo Marchezan no Legislativo. O Secretário de Serviços Urbanos de Porto Alegre (SURB), Ramiro Rosário, é favorável e defende que o projeto "é uma forma de desafogar o serviço público". Rosário admite que o trabalho da SURB tem sido somente em casos de emergência:
– Passamos bem longe da prevenção das quedas, atualmente. Só conseguimos dar conta dos casos que são extremamente críticos.
A votação era para ter ocorrido em outubro do ano passado. Foi retirada da ordem do dia depois que a ONG Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) entrou com uma liminar pedindo que o projeto passasse por uma audiência pública. Porto Alegre ficou em 5º lugar no ranking do IBGE das capitais brasileiras mais arborizadas. A cidade tem 82,9% dos domicílios próximos a áreas verdes.