Michel Temer se diz alvo de conspiração. Tem razão.
Trump também é. Obama foi. Dilma. Merkel. Todos os presidentes e políticos poderosos, em algum momento, são. Alvos ou agentes de tramas e conluios.
Estar do outro lado do balcão é sempre mais difícil. Ainda mais com escassos argumentos e fatos para se defender.
Dos males
O resultado de uma eleição não pode ser considerado fora de seu contexto. Às vezes, mesmo que soberana, uma decisão popular é desastrosa para o país.
Não se pode esperar um desfecho positivo sem um ambiente de normalidade institucional e democrática. Mesmo em populações altamente educadas.
Aí, o consolo é aprender com a História.
Arrepender-se do voto ainda é infinitamente melhor do que não votar.
Magnetismo
A perspectiva de poder reforça Bolsonaro. Idealismo, em eleição, é para os ingênuos.
A maior parte da economia busca boas relações com os governos, especialmente no Brasil, onde o humor do presidente tem um peso cavalar.
Dinheiro, atenção, carinho: automaticamente, vão para quem tem chance de vencer.
Cabeça quente
Assim como aconteceu com o Reino Unido no Brexit, a Catalunha começa agora a se dar conta de que perderá ao se separar da Espanha.
Os dois processos têm algo a ensinar ao Brasil: emoção demais atrapalha o voto.