Vinte passos para cada lado. Um de costas para o outro. O mais rápido no gatilho lava a honra com sangue. Saloon lotado. O forasteiro olha para a minha pequena. Bang! Bang! Uma carroça de pioneiros é cercada por índios. Espingardas em punho.
A cultura das armas nos Estados Unidos nasceu assim, por volta de 1860, quando as fronteiras começaram a se expandir. Nos últimos 150 anos, os americanos construíram uma curva de aprendizado. Hoje, há leis e práticas consolidadas na tentativa de regulamentar o tiroteio. Mesmo assim, muita gente acha que deu errado e que é preciso mudar.
Enquanto isso, aqui no Brasil, estamos, mais uma vez, sucumbindo aos encantos da macaquice. Queremos liberar as armas achando que isso resolverá o problema de violência. Queremos importar o remédio errado e sem bula. Até porque a tradução literal do inglês não faria sentido no nosso contexto.
Em 2017, temos caminhos mais eficientes, rápidos e civilizados para proteger a sociedade:
1) Fortalecer as polícias. Elas, sim, devem ter armas, desde que saibam usá-las em favor da democracia e da lei.
2) Agilizar a Justiça.
3) Construir presídios que saibam punir e recuperar.
4) Investir em saúde e educação.
5) Dar oportunidades a todos.
Não precisamos de 150 anos para chegar a essa conclusão. Os canadenses, os suíços, os finlandeses e os japoneses já chegaram por nós. Com todo o respeito aos primos símios. Já que é pra macaquear, vamos, pelo menos, copiar o que deu certo.
Facada 1
Técnicos da Secretaria Municipal da Fazenda trabalham a todo o vapor para atualizar a planta de imóveis de Porto Alegre – o primeiro passo para a correção do IPTU.
Além de revisar o valor venal dos imóveis, será preciso mexer também em outros aspectos da tributação. Caso contrário, a cobrança do imposto daria um salto.
Facada 2
Se quiser que os novos valores de IPTU passem a valer já em 2018, Marchezan vai precisar correr contra o tempo. O projeto precisa ser aprovado até o final de setembro.
O período de noventena após a promulgação do texto é exigência legal.
Ineficiência total
Uma certeza depois das delações da Odebrecht. Se 10% do que foi dito é verdade, as instituições de fiscalização e controle eleitoral no Brasil estão completamente falidas. A nossa democracia era só de fachada.
Vão botar a culpa na lei. Mas a lei é a mesma que está servindo, agora, para acabar com a roubalheira.
O combate às fake news
Depois que o governo alemão ameaçou multar, o gigante Facebook iniciou uma campanha para tentar convencer o público de que se preocupa com as milhares de notícias mentirosas postadas em sua plataforma.Em busca de credibilidade, a solução foi perfeita: comprou anúncios de página inteira em jornais.
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Duas perguntas
1) O senhor não gosta de bicicletas?
Gosto, sim. Só não gosto quando os ciclistas andam pela calçada em alta velocidade e quase passam por cima dos pedestres. Nunca fui atropelado, mas diversas vezes esbarraram em mim. Vejo isso acontecendo com outras pessoas também.Já se aventurou alguma vez no pedal?Não, nunca. Hoje estou com 71 anos, nem dirijo mais. Mas caminho bastante no bairro onde eu moro.
2) Já se aventurou alguma vez no pedal?
Não, nunca. Hoje estou com 71 anos, nem dirijo mais. Mas caminho bastante no bairro onde eu moro.
Os ensaios estão bombando
Banda cult dos anos 80, Os Eles voltam ao palco no dia 27, no Sargent Peppers.
A má notícia: ingressos, agora, só com cambistas.
Pit stop
Cinco boas dicas do que fazer no feriadão:
1) Nada.
2) Nada.
3) Nada.
4) Nada.
5) Coisa alguma.
TRIBUNA - Aqui, o leitor tem a palavra final
Sobre o tratamento dado aos veranistas no Litoral:
Surpresa para o feriadão! A prefeitura de Xangri-lá retirou a iluminação da Praça de Atlântida para colocar no rodeio. É vergonhoso!
Neca Esbroglio
Sobre a ação do IPE contra a Secretaria de Educação que tem como foco uma escola estadual construída sobre um dos terrenos mais valiosos da Capital:
O Estado entra contra o Estado?
Absurdo.
Carlos Nunes
Difícil entender. Por que o IPE ajuizou essa ação?
Valmor Vasem
Sobre o título da nota referente à vinda de Jorge Paulo Lemann a Porto Alegre:
O título MATCH POINT, no texto que insere Jorge Lemann, ficou bom, mas, como colaborações de leitores são bem-vindas neste espaço, eu teria escolhido WINNER , porque tanto remete à conquista de um ponto no tênis quanto refere uma qualidade do empresário mais rico do Brasil.
Ricardo Vicente Alves