*Publicado no blog Recortes de Viagem em 07 de agosto de 2014
Eu nunca tinha ouvido falar em Karlovy Vary até desembarcar em Praga, a capital da República Tcheca.
A aí ouvi a proposta: que tal passar o dia em Karlovy Vary? Achei razoável.
As duas cidades ficam a apenas 120 quilômetros uma da outra, eu já tinha visto um pouco de Praga e gostei da ideia de conhecer mais algum lugar próximo (para mim, aliás, é bem comum fazer 120 quilômetros só para almoçar em um lugar diferente ou para visitar a família e voltar para dormir em casa).
O que eu não sabia era que:
a) eu ia gostar tanto e me arrependeria (muito) de ter ido só passar o dia.
b) eu já tinha visto a cidade em pelo menos dois filmes: As Férias da Minha Vida, com Queen Latifah e Gérard Depardieu, e Cassino Royale, o primeiro de Daniel Craig como 007.
Também não sabia que ambos tinham usado o famoso GrandHotel Pupp como cenário (esse das fotos abaixo).
Do segundo filme, o de James Bond, fui me dar conta quando cheguei lá e comecei a ler sobre a cidade e ouvir as clássicas histórias que contam aos turistas.
Do primeiro, no último domingo, ao zapear pela TV a cabo e dar de cara com o filme que eu vi anos atrás. Ele conta uma história bonitinha sobre uma mulher norte-americana comum, moradora de New Orleans, que é diagnosticada com uma doença terminal e decide gastar todo o dinheiro que economizou na vida durante uma semana hospedada nesse hotel. Não vou contar o resto do filme, que não é nenhuma superprodução nem conta uma história superoriginal, mas é bonitinho e tem umas lições de moral daquelas que não custa repetir.
Bom, voltando à cidade: ela foi fundada em 1370 pelo imperador Carlos IV, daí seu nome.
Conta a lenda que ele participava de uma caçada na região e um dos animais que perseguia caiu num poço, quando perceberam tratar-se de água termal. Ele então decidiu construir ali um local para veranear. E é por suas águas termais que ela ficou famosa…
Além do Festival Internacional de Cinema e por um licor que dizem ter uma fórmula secreta, composta de 30 ingredientes, o Karlovarská Becherovka. Ah, e também por seus cristais, especialmente os da marca Moser.
Mais do que isso, é agradável, de arquitetura bonita, com atendimento simpático em todos os lugares onde fui. Dizem que vale a pena também pela gastronomia, mas isso eu não pude atestar.
Fiz uma bobagem: comprei um tour que incluía almoço, justamente no hotel Pupp, e eu esperava que fosse algo especial. Não era! Era um menu turístico daqueles absolutamente dispensáveis. A comida não era ruim, era comum.
Devia ter escolhido um bistrô qualquer, daqueles que a gente olha de fora e simpatiza, sem saber o que vai encontrar. Mas, enfim, serviu para conhecer o hotel, o cassino, etc… Ficou a vontade de voltar uma outra vez.