Como parte da programação da Feira do Livro de Viamão será lançado, neste sábado (21) às 10h, na Igreja Matriz, o livro A visão e as previsões de José Lutzenberger. A Camerata Presto vai tocar as Quatro Estações de Vivaldi para saudar o Dia da Árvore e a chegada da primavera.
Concebido pelo patrono de 2023, José Barrionuevo, o livro tem organização da jornalista Lúcia Brito e 50 fotos primorosas de Daniel Marenco, retratando paisagens do Parque de Itapuã, o santuário ambiental que é orgulho do município.
O livro resgata textos do maior ambientalista que o Rio Grande do Sul já conheceu. Mesmo escritos há muito tempo (o mais antigo é de 1973), Lutz não poderia ser mais atual. Quando não se falava em mudanças climáticas e aquecimento global, Lutz já alertava para o risco de exaustão do planeta em consequência do consumismo e da falta de cuidado com o meio ambiente.
“Ainda nos é possível preparar, sem sacrifícios desmedidos, uma transição a equilíbrios permanentemente sustentáveis entre civilização e ambiente natural, mas sobra muito pouco tempo. Devemos agir já!”, escreveu Lutz há meio século.
Nesta sexta-feira (20), foi lançado o livro Viamão — A Trincheira Farroupilha, de Alcy Cheuiche, patrono da edição de 2024.
Frases de José Lutzenberger
As culturas que nós chamamos de 'primitivas' ensinavam seus filhos a respeitar e amar a Terra. Com nosso atual conhecimento, poderíamos ter um desempenho ainda bem melhor. Por que isso não está acontecendo?
No texto "Muito conhecimento e pouca sabedoria", de 1993
Bem antes de toda a floresta ter sido cortada, um ponto de não retorno poderá ter sido ultrapassado — e o colapso ocorrerá. Só saberemos disso quando for tarde demais.
No texto "A Amazônia e o clima mundial", de 1989
As advertências sempre mais dramáticas da natureza de nada valem. Insistimos no consumo de nosso futuro. (...) Somente uma inversão no processo de demolição das paisagens pode inverter a corrida para calamidades sempre maiores.
No texto "Causas e consequências das inundações", de 1975
Se continuar o ritmo atual de queimadas, o ecossistema ficará tremendamente empobrecido. As manchas, hoje ainda mais ou menos intactas, que servem de banco genético para o repovoamento do que foi dizimado, também desaparecerão.
No texto "Holocausto biológico no Pantanal", de 1996
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