O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Voltou a tramitar na Câmara de Porto Alegre o projeto de lei conhecido como Escola sem Partido, que disciplina o comportamento de professores e funcionários da rede municipal. A proposta que proíbe "doutrinação política ou ideológica" nos estabelecimentos de ensino foi desarquivada a pedido da vereadora Fernanda Barth (PL).
Apresentado originalmente pelo ex-vereador Valter Nagelstein (Republicanos), o projeto foi aprovado em 2019, mas acabou derrubado na Justiça. Na época, o Sindicato dos Municipários (Simpa) alegou que o texto deveria ter sido discutido em audiência pública. O sindicato também afirmou que a proposta abre margem para a perseguição de professores.
Disposta a fazer valer o teor do projeto, Fernanda pediu a realização da audiência pública, que foi marcada para esta terça-feira (2), às 19h, por videoconferência. Depois, pretende levar o texto novamente a votação.
— Temos maioria na Câmara para aprovar esse projeto — garante a vereadora.
A matéria deve ir ao plenário apenas no segundo semestre, depois do recesso parlamentar de julho, que começa no dia 17.
O texto do projeto estabelece orientações sobre o comportamento de funcionários, responsáveis e corpo docente a respeito de questões sócio-políticas, "preconizando a abstenção da emissão de opiniões de cunho pessoal que possam induzir ou angariar simpatia a determinada corrente político-partidária-ideológica".