Ainda que os dois tenham agradecido ao presidente Lula pelo convite para vir ao Rio Grande do Sul, o senador Rodrigo Pacheco foi bem mais convincente do que o deputado Arthur Lira, que também compôs a comitiva. Ambos discursaram no ato com Lula, o governador Eduardo Leite e o prefeito Sebastião Melo neste domingo (5).
O importante no discurso de Lira foi a promessa de que as diferenças políticas serão deixadas de lado:
— Sabemos do sofrimento e da agonia do povo gaúcho. Em nome da Câmara e da bancada federal do RS, faremos todos os esforços para o momento imediato, que é atender quem ainda está em cima dos telhados. Medidas legislativas serão discutidas amanhã (segunda, dia 6).
Pacheco disse que esta é uma tragédia nacional e que foi importante ter vindo ao Rio Grande do Sul para testemunhar que “a situação é pior do que aparece na TV”.
— Precisamos de medidas rápidas e urgentes, dentro de um espírito de união e reconstrução. A única coisa irrecuperável são as vidas que se foram. Que o Estado brasileiro possa dar uma resposta a soluções excepcionais e atípicas. Nós estamos numa guerra. E como numa guerra, não devemos ter limites. Temos de rever a burocracia e dar prioridade à liberação das emendas da bancada gaúcha.
O presidente do Senado concluiu:
— O que vi hoje foi impactante, foi emocionante e gera em todos nós o sentimento de profunda solidariedade e união, para além das divergências políticas.
Palavra de juiz
Com o ministro Luis Roberto Barroso em viagem, coube ao vice-presidente, Edson Fachin, dar a palavra do Supremo Tribunal Federal de que o Judiciário aceitará um regime jurídico especial, emergencial e transitório para garantir agilidade na liberação de recursos para a reconstrução do Rio Grande do Sul.