O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Em gestação desde maio, o programa de transferência de renda de Esteio foi lançado nesta sexta-feira (4) com a meta ambiciosa de erradicar a extrema pobreza no município em 12 meses. A expectativa é de que, em novembro de 2023, nenhum morador tenha de viver com renda inferior a R$ 105 por mês.
O programa municipal é voltado à população em situação de vulnerabilidade que não recebe o Auxílio Brasil do governo federal por diferente motivos, como a falta de atualização do Cadastro Único (CadÚnico). A prefeitura estima que 649 famílias esteienses possam ser atingidas pelo projeto, chegando a 1,3 mil pessoas.
Em um ato simbólico, o prefeito Leonardo Pascoal entregou nesta sexta-feira cartões eletrônicos a cinco pessoas beneficiadas com a bolsa. Elas poderão usar os cartões para sacar os valores depositados pela prefeitura, que prevê o repasse de R$ 2,3 milhões para a iniciativa.
— Esse programa é uma política pública permanente, mas isso não quer dizer que nosso objetivo é que as pessoas permaneçam nele. Nós queremos que as famílias se sintam acolhidas, que possam melhorar, um poquinho que seja, sua condição e conquistem sua emancipação, sem ficar dependente — disse Pascoal.
Para ser contemplado, a renda per capita familiar não pode ultrapassar R$ 105. O valor é proporcional ao tamanho da família. Por exemplo, no caso de apenas um indivíduo, o benefício será de R$ 200. Quando forem duas pessoas na mesma família, será R$ 180 para cada. No caso de núcleos familiares maiores, com mais de seis pessoas, o valor ficará limitado a R$ 110 por morador.