O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da transição federal, confirmou nesta sexta-feira (25) que o novo governo vai recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário. A garantia foi dada ao deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), durante reunião entre Alckmin e parlamentares de seu partido, em Brasília.
No encontro, Schuch apresentou ao vice-presidente eleito um relatório com o diagnóstico a respeito do momento atual da agricultura familiar e reivindicou que a área volte a ganhar o status de ministério.
A pasta foi criada no governo Fernando Henrique Cardoso, sob o nome de Ministério da Política Fundiária e Agricultura Familiar. Durou até 2016, quando foi rebaixada ao status de secretaria pelo então presidente Michel Temer.
— Esse ministério fez uma separação entre a agricultura empresarial e a agricultura miliaraf, até porque é diferente a relação com o sistema financeiro, a obtenção do crédito rural. Quando chegou o Temer, o ministério foi extinto, e, de lá para cá, ficamos à deriva. Não temos ninguém que pense as políticas públicas para este setor dentro do governo — explicou Schuch.
O deputado do PSB afirma que, até o momento, não foram cogitados nomes para chefiar a pasta.
Nos bastidores, circula com força o nome do deputado estadual Edegar Pretto (PT), que concorreu a governador do RS neste ano.
Nesta semana, Pretto esteve em Brasília e se reuniu com Alckmin, mas até o momento não foi convidado para compor a equipe da transição. Por ora, o petista afirma que a menção a seu nome está "no terreno das especulações". Por outro lado, demonstra disposição em assumir a função.
— Sempre me movi pelas decisões coletivas. Meu nome foi escolhido para ser candidato a governador por unanimidade no meu partido e na nossa frente. Estou à disposição do meu partido no Rio Grande do Sul, do PT nacional e do presidente Lula. Onde for chamado a atuar, vou cumprir a tarefa a mim delegada — disse Pretto à coluna.
Aliás
Além do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o novo governo já confirmou que vai recriar a pasta da Cultura e implementar um ministério relacionado aos Povos Originários. A Economia deve ser dividida, com o retorno das antigas pastas da Fazenda e do Planejamento.