O anúncio da substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, depois de 18 anos, feito na tarde desta quarta-feira (20) pelo ministro da Cidadania, João Roma, foi um monólogo. O ministro disse o que queria dizer e deu as costas.
O benefício permanente, em que as famílias recebem de menos de R$ 100 até pouco mais de R$ 500, terá reajuste linear de 20%. O governo estuda um complemento para que até dezembro de 2022 nenhuma família receba menos de R$ 400, mas esse pagamento depende de arranjo no Congresso para indicar uma fonte de recursos sem furar o teto de gastos.
Como os repórteres ficaram jogando perguntas ao vento, João Roma até voltou para repetir o que dissera pouco antes e garantir que não haverá irresponsabilidade fiscal.
— Estamos tratando internamente no governo e com o Congresso para garantir que nenhuma família receba menos de R$ 400.
Como não houve entrevista, as perguntas ficaram sem resposta. O ministro sinalizou que o dinheiro virá da emenda que altera o Imposto de Renda ou da que muda a forma de pagamento de precatórios, mas não disse o que será feito se o Senado não votar a primeira na forma como saiu da Câmara ou se não passar o calote dos precatórios. Na área econômica, o valor considerado suportável pelas contas públicas era de R$ 300.
Roma anunciou também que até dezembro deste ano será zerada a fila do Bolsa-Família, elevando o número de beneficiários de 14,7 milhões para 16,9 milhões.
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