A vacinação de professores por parte de algumas prefeituras, agora com respaldo do Tribunal de Justiça, no caso de Esteio, fará o governador Eduardo Leite colocar em debate no comitê de crise o tema da mudança na lista de prioridades. O assunto está em discussão nesta manhã na reunião da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). À coluna, Leite confirmou a intenção de rediscutir o tema:
— Já provoquei nossa equipe de saúde a respeito da vacinação dos professores. Eles se sentiam inseguros para fazer esse movimento por causa da orientação do Ministério da Saúde, mas uma decisão de primeira instância, respaldada pelo Tribunal de Justiça, somada à ausência de uma manifestação definitiva do Supremo Tribunal Federal deve sustentar o avanço dessa pauta.
Inicialmente, o governo gaúcho tentou convencer o Ministério da Saúde a antecipar a vacinação de professores, mas não obteve sucesso. Partiu, então, para o caminho da Justiça. A primeira ação segue congelada, sem uma manifestação do relator, ministro do STF Nunes Marques. A segunda, uma Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental, está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski, que não concedeu liminar e determinou que siga o trâmite normal na Corte.
A decisão favorável a Esteio, onde o prefeito Leonardo Pascoal (PP) pagou para ver, estimulou outros prefeitos a anteciparem a vacinação de professores. Na lista de prioridades do Ministério da Saúde, os professores vêm depois das comorbidades, mas à frente deles ainda estão as pessoas com deficiência permanente grave, os moradores de rua, os presidiários e os agentes penitenciários.