Se tivesse poder para definir quem deve ter prioridade na vacinação contra o coronavírus, a secretária da Educação de Porto Alegre, Janaina Audino, indicaria os professores. Como sabe que a decisão é do Ministério da Saúde, as vacinas são escassas e é difícil contemplar todos os grupos que clamam por prioridade, Janaina apela às autoridades responsáveis para que nas próximas remessas contemplem, pelo menos, os profissionais que trabalham com Educação Infantil.
O apelo da secretária se baseia na premissa de que a educação é um serviço essencial e que, devido ao cenário pandêmico, uma decisão judicial impede que as escolas de Porto Alegre estejam abertas. Fundamenta-se, também, em estudos que apontam os prejuízos que a suspensão das aulas presenciais traz para as crianças, estudantes, famílias, professores e toda a população que carece de uma base educacional de qualidade.
Por que começar pela Educação Infantil? A secretária invoca a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que dão aos municípios a responsabilidade pela oferta de educação às crianças de zero a cinco anos, sendo obrigatória a universalização do atendimento de 4 e 5 anos de idade (Pré-Escola).
A rede municipal de Ensino de Porto Alegre atende em torno de 29 mil crianças divididas em dois níveis: 12.192 em creche (zero a 3 anos) e 16.778 na pré-escola (4 e 5 anos). O município responde por cerca de 50% do atendimento na rede. Bastariam 11 mil doses de vacina para atender os 5,5 mil professores da Educação Infantil da rede municipal. Somando todos os níveis de ensino, são 9.515 pessoas, entre professores e funcionários nas escolas próprias e escolas comunitárias.
A secretária destaca, porém, que é preciso vacinar também os professores de Educação Infantil da rede privada, para facilitar o retorno de todos os alunos na Capital. Janaina ressalta a importância da Educação Infantil “como etapa que atende os primeiros anos de vida para a construção dos alicerces da personalidade, do conhecimento e desenvolvimento de habilidades” e melhora o desempenho escolar futuro e proporciona resultados efetivos para toda a vida.
— Se não podemos atender a todos, começamos pelo começo: valorizar os profissionais que se dedicam aos primeiros passos das nossas crianças, que a curto e longo prazo chama-se futuro — conclui.
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