O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Além de ter vencido a disputa pela prefeitura de Porto Alegre em 29 de novembro, Sebastião Melo (MDB) também foi o candidato com o melhor aproveitamento dos recursos investidos na campanha para a obtenção de votos dos porto-alegrenses. De acordo com os dados disponibilizados pela Justiça Eleitoral, Melo teve o menor custo por voto da Capital, tanto no primeiro turno (R$ 4,61), disputado em 15 de novembro, quanto no segundo (R$ 6,66). No outro extremo, o candidato que teve a maior despesa por voto obtido foi Gustavo Paim (PP), cujo índice foi de R$ 177,28.
O custo por voto de Paim foi alto porque, embora a campanha tenha desembolsado R$ 1,4 milhão (quarta mais cara do primeiro turno), o candidato do PP ficou em oitavo lugar, com 7.989 votos (1,24%). O segundo concorrente com o maior gasto por voto foi Rodrigo Maroni (PROS), com R$ 146,04. A campanha do deputado custou R$ 483,9 mil e ele obteve apenas 3.314 votos (0,5%).
A terceira candidatura menos eficiente foi a de Juliana Brizola (PDT), com custo de R$ 65,23 ao voto, seguida de Fernanda Melchionna (PSOL), com R$ 43,58, Nelson Marchezan (PSDB), com R$ 32,52, e Valter Nagelstein (PSD), com R$ 26,33.
Melo, que ficou com o melhor índice entre os 12 concorrentes, declarou ter investido R$ 922,5 mil na última prestação de contas antes do primeiro turno, quando recebeu 200.280 votos.
Na média, o custo de cada um dos 645.755 votos válidos obtidos pelos candidatos no primeiro turno foi de R$ 22,06. No total, as campanhas de primeiro turno custaram, juntas, R$ 14,2 milhões, somando recursos públicos e doações privadas. Se computados os valores de segundo turno, o valor total sobe para R$ 20 milhões.
O custo por voto dos candidatos foi calculado pela coluna a partir das prestações de contas finais entregues ao Tribunal Superior Eleitoral até o dia 15 de dezembro, mediante a razão entre a despesa de campanha declarada à Justiça Eleitoral e os votos obtidos pelo candidato. Além dos valores em dinheiro gastos, foram considerados no cálculo os chamados “bens estimáveis”, formados por itens e serviços doados ou cedidos para as candidaturas.
Nos casos de Melo e Manuela D’Ávila (PCdoB), para o cálculo do custo por voto no primeiro turno, foram consideradas as últimas prestações de contas entregues até 15 de novembro. As despesas de ambos no turno inicial foram descontadas do valor final investido na campanha para o cálculo do custo por voto no segundo turno.
Veja os números:
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