Rosane de Oliveira
No início, eu imaginava o isolamento como um filme em que a passagem do tempo é marcada por uma sucessão de cenas de alvorecer e de ocaso. Cem dias depois de ter saído da redação para quarentena, a sensação é de que a passagem do tempo já não será contada em dias ou semana, mas com a virada das folhas do calendário japonês, que tem uma ikebana para cada mês do ano. Ou pelas estações, porque já parece impossível que a vida retome seu eixo antes da primavera.
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre:
- diário do isolamento
- coronavírus