Durante seminário que avaliou os últimos três anos de sua gestão e projetou o próximo, o prefeito Nelson Marchezan e sua equipe chegaram a uma conclusão: vão dar mais atenção à zeladoria de Porto Alegre nos últimos 12 meses de governo. A avaliação é de que o setor, que envolve capina, limpeza e buracos de rua, ficou de fora das prioridades da prefeitura até 2019 devido à falta de dinheiro.
O encontro convocado por Marchezan no sábado, na Fiergs, reuniu 800 servidores, entre CCs, secretários e diretores, além de seis vereadores da base. Lá, o prefeito falou sobre a possibilidade de fechar 2020, ano em que vai disputar a reeleição, no azul. O orçamento aprovado na Câmara de Vereadores prevê déficit de cerca de R$ 300 milhões para o ano que vem, mas a prefeitura aposta em um superávit de R$ 43 milhões no período.
– Isso será possível mantendo as ações de otimização de despesa sem prejudicar o serviço e contando com a recuperação da economia do país para o aumento da receita – afirma o secretário adjunto do Planejamento, Daniel Rigon.
Uma das boas notícias saudadas por Marchezan é o fim do crescimento das despesas com pessoal. Graças à aprovação de projetos na Câmara, vantagens concedidas automaticamente a servidores foram extintas, com impacto já na folha de 2020.
O vice-prefeito Gustavo Paim sequer foi convidado para o seminário.
Flanelinhas
Quase um mês após ter sido aprovado na Câmara de Vereadores, o projeto que proíbe a atuação de flanelinhas em Porto Alegre ainda não saiu da Casa e, por isso, não foi sancionado pelo prefeito. O envio deve ser feito nesta semana, a última antes do recesso.
PL dos cobradores ainda sem apoio
Por falta de apoio da maioria dos vereadores, o projeto que desobriga a presença de cobradores em ônibus de Porto Alegre terá sua votação adiada novamente.
É possível que a prefeitura, autora da proposta, apresente emenda ou um texto substituto para que receba o voto favorável dos indecisos. Assim, se houver acordo, o projeto pode ser priorizado para votação na quarta-feira, última sessão do ano antes do recesso.
Nem a oposição tem votos suficientes para derrubar a proposta e, por isso, a apreciação é adiada sistematicamente, mesmo trancando a pauta da Câmara.
Para aprová-la, será necessário ter quórum mínimo de 19 vereadores e apoio de maioria simples dos presentes na sessão.