As frequentes viagens do governador Eduardo Leite estão incomodando os dirigentes das centrais sindicais, que em vão pedem uma audiência para tratar do reajuste do mínimo regional para 2020. O pedido de audiência foi respondido pelo gabinete do governador com a informação de que "não será possível concretizar o encontro".
"Nossa equipe está dedicada à elaboração dos projetos de reforma estrutural do estado, que estão prestes a serem enviados ao parlamento gaúcho — e que, por isso, têm exigido dedicação quase exclusiva, inclusive do Senhor Governador. Pedimos a gentileza de retomar o contato após o período de votações destas matérias", diz o ofício.
O presidente da Centra Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Claudir Nespolo, ficou indignado com a resposta:
— Trata-se de um tremendo descaso do governo ao atacar os servidores públicos e abandonar cerca de 1,5 milhão de trabalhadores e trabalhadoras que recebem o chamado piso regional.
Hoje, as cinco faixas variam de R$ 1.237,15 a R$ 1.567,81.
Neste ano, o reajuste do piso regional, de acordo com a inflação, foi aprovado em maio pela Assembleia, retroativo a 1º de fevereiro. Os empresários queriam zero, os sindicalistas pediam ganho real, mas o Piratini optou por dar apenas os 3,4% do IPCA de 2018.