O Ministério Público do Estado arquivou, na última semana, investigação envolvendo o deputado Rodrigo Maroni, que ministrava palestras sobre primeiros socorros a animais. O Conselho Regional de Medicina Veterinária no Rio Grande do Sul, autor da queixa ao órgão, sustentava que Maroni não tinha formação superior adequada para falar sobre o tema. No dia 6 de agosto, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen encaminhou ofício ao parlamentar informando o arquivamento.
Segundo o Ministério Público, "o aparato probatório, com isso, não se mostra suficiente pra assegurar que o deputado estadual investigado tenha ministrado curso essencialmente técnico ou que tenha diagnosticado doenças e prescrito algum medicamento para animais. O que se evidencia, em realidade, é que Rodrigo Maroni — enquanto ativista ambiental — utiliza de sua experiência para orientar os interessados em militar na proteção de animais.
Maroni não é veterinário e oferece, em uma plataforma de cursos online, palestras sobre primeiros socorros a animais. Após receber diversas denúncias, o Conselho Regional de Medicina Veterinária no Rio Grande do Sul havia o notificado, argumentando que, por ele não ser veterinário, a prática seria vedada por lei federal, tese que não foi acatada pelo Ministério Público. Em maio, ao responder ação do conselho, o deputado disse que a renda obtida com a venda das aulas seria revertida para a compra de ração.
"Minha única intenção sempre foi ajudar a salvar vidas dando ajuda a animais de rua e jamais atender. Me expuseram na redes sociais milhares de pessoas me constrangendo xingamentos. Agora fica comprovado com arquivamento a intenção era apenas fazer política baixa e me expor a uma situação que deixou a mim e minha família muito tristes. Me chamaram de falso veterinário e agora ficou confirmado que o Ministério Público recebeu seis denúncias oficiais, algo lamentável na minha opinião".