Ao contrário do ministro Eliseu Padilha, que diz ter certeza sobre a aprovação da reforma da Previdência, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) avalia não ser possível reunir maioria qualificada para dar aval ao texto.
– A reforma subiu no telhado – condenou.
Para ela, as mudanças nas regras da aposentadoria deveriam ser feitas em 2019, no início do mandato do próximo presidente eleito. No segundo semestre, a senadora pondera que é necessário concentrar os esforços na reforma política. A reforma tributária também deve ser debatida até o fim do ano.
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De férias na Ásia até o fim do recesso no Congresso, Ana Amélia voltará aos trabalhos decidida a fazer andar a PEC que reduz a propaganda partidária no segundo turno das eleições. No último pleito, para a TV, cada candidato tinha de produzir conteúdo e preencher 10 minutos da programação – o que encarecia campanhas sem doações de empresas. No primeiro turno, eram 10 minutos para todos.
A proposta está parada na CCJ e deve se unir a outros projetos que estão nas mãos do relator da reforma política, Vicente Cândido (PT-SP).
Logo que voltar do recesso, Ana Amélia receberá o 8º Prêmio Octavio Frias de Oliveira, do Instituto do Câncer de São Paulo, em razão do trabalho que desempenha em prol do combate à doença. A senadora é autora da lei que garante o direito à quimioterapia oral em casa aos diagnosticados com câncer usuários de plano de saúde.