No comando da Casa Civil há duas semanas, o secretário Fábio Branco adotou a sinceridade como instrumento para tentar convencer os deputados aliados e independentes da necessidade de aprovar os projetos polêmicos que tramitam na Assembleia. Nesta terça-feira (16), Branco almoçou com a bancada do PP e com o presidente do partido, Celso Bernardi. E resumiu assim o encontro:
– Estou dizendo aos deputados que não temos Plano B. Não tomar as decisões é um sucídio para o Estado.
Ainda nesta semana o novo articulador político do Piratini vai conversar com deputados do PTB, que se declaram independente, e do PDT, que deixou a base do governo.
A todos, Branco diz, sem usar eufemismos, que, se a emenda que retira a exigência de plebiscito para vender ou federalizar a CEEE, a Sulgás e a CRM não for aprovada, as consequências serão danosas.
– Se não fizermos o que precisa ser feito, o futuro dessas estatais não é incerto. É certo: a CRM não vai conseguir pagar salários e fornecedores, a CEEE poderá perder a concessão e a Sulgás não terá como investir para atender a demanda das empresas.
Ex-secretário do Desenvolvimento, Branco diz que o Rio Grande do Sul já está perdendo investimentos por suas limitações no fornecimento de gás.