Por enquanto, nenhum partido político foi convidado para formar a base de governo de Nelson Marchezan (PSDB) em 2017. Segundo o vereador Kevin Krieger (PP), coordenador da campanha do tucano à prefeitura de Porto Alegre, eventual convite às legendas será pensado após o término da transição, o que deverá ocorrer daqui a um mês.
O PMDB, partido do adversário de Marchezan, Sebastião Melo, decidiu em reunião na sexta-feira que a postura será de independência em relação às pautas propostas pelo novo prefeito no ano que vem.
– Se for bom para Porto Alegre, votaremos a favor. Se não, votaremos contra. Nossa obrigação será de cobrar promessas feitas em campanha – disse o diretor-geral do DMLU e vereador eleito pelo PMDB, Andre Carus.
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Ninguém da equipe de Marchezan procurou o partido para falar sobre ingresso no governo. Se for convidado, o diretório deverá ser convocado para deliberar sobre a proposta.
O vice-prefeito Sebastião Melo defendeu, no dia em que foi derrotado nas urnas, que o PMDB fique na oposição da próxima gestão:
– O povo escolheu o candidato que fez oposição ferrenha, mesmo tendo estado no governo por 11 anos. Espero do meu partido que siga o caminho que o povo deu a ele, de ser oposição responsável.
O PMDB elegeu cinco vereadores para a próxima legislatura. Já o PSDB elegeu apenas Ramiro Rosário. O PP, partido do vice de Marchezan, Gustavo Paim, conseguiu emplacar quatro vereadores. O PTB, sigla que apoiou o tucano no segundo turno, terá quatro políticos. Ao todo, a Câmara possui 37 vagas.