Citada como primeira opção de Michel Temer para ser a líder do governo no Senado e, assim, atenuar as críticas à falta de mulheres no ministério, a senadora Ana Amélia Lemos descarta essa possibilidade:
– Ninguém falou comigo, mas não teria como conciliar minha agenda com uma tarefa que exige dedicação quase exclusiva como essa.
Além de integrar a comissão especial do impeachment, Ana Amélia é presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado e da Fundação Milton Campos, do PP:
– Em ano eleitoral, tenho que viajar muito para ajudar o partido e não poderia assumir esse compromisso.
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A agenda da senadora nos últimos dias explica a resistência. Na quinta-feira, depois das 22 horas de sessão, ela viajou para o Rio Grande do Sul, porque tinha compromisso com a Farsul e a Fetag. Nos últimos três dias, participou de reuniões do PP em São Leopoldo, Igrejinha, Gramado e Canela.
Nesta segunda-feira, durante reunião da executiva do Partido Progressista em Porto Alegre, a senadora afirmou também que outro obstáculo é a sua posição contrária ao aumento de impostos, possível medida do governo interino.
A candidata de Ana Amélia para assumir a liderança do governo é a senadora Simone Tebet:
– Além de ser competente, ela é advogada e filiada ao PMDB. Pode ser a figura feminina que está faltando no governo.Resumo da ópera: Ana Amélia teria mais a perder do que a ganhar.