Depois de fechar posição a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PP já procurou o governo para colocar os cargos do partido à disposição. Em reunião nesta terça-feira, a bancada da legenda na Câmara decidiu, por aclamação, que votará pelo afastamento da presidente. Informalmente, o placar foi de 37 parlamentares favoráveis a 9.
Segundo o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), os contrários afirmaram que votarão conforme decisão do partido.
– Nossa maior perda são três deputados do PP da Bahia, que provavelmente votarão contrários ao impeachment – afirmou Goergen, referindo-se aos colegas simpáticos ao governo estadual baiano, que tem vice aliado do governador petista Rui Costa.
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Outra bancada que preocupa é a do Rio de Janeiro. O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP), vem ligando para parlamentares do PP de todos os Estados pedindo votos a favor do governo. A atitude é em virtude da grave crise do Estado e de possível apoio financeiro da União.
Logo após a reunião, o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), comunicou a decisão da bancada ao presidente da sigla, Ciro Nogueira (PI). Além de informar o resultado da reunião, Aguinaldo propôs o desembarque do PP do governo.
Nesta noite, Ciro conversou com Jaques Wagner e colocou os cargos do Partido Progressista à disposição do governo. Ele entregará imediatamente o Ministério da Integração Nacional, comandado por Gilberto Occhi, e a presidência da Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.