DOMINGO DE BIENAL (1)
A Vinícola Laurentia recebeu no domingo à tarde um grupo de cerca de 280 pessoas para um encontro promovido pela Fundação Bienal do Mercosul. O evento reuniu empresários, pessoas ligadas à gestão cultural, alguns artistas e gente de sociedade em prol da continuidade da tradicional mostra de arte contemporânea. Afetada pela crise, a Bienal ainda não passou a régua em sua 10ª edição, realizada em 2015: em seu discurso,o presidente José Antonio Fernandes Martins revelou que a instituição precisou de um empréstimo de R$ 1 milhão para fechar o orçamento de R$ 7,8 milhões – segundo o empresário, dinheiro avalizado por ele próprio. O almoço comemorativo, portanto, também tinha o objetivo de arrecadar fundos: cada convite custava R$ 500.
DOMINGO DE BIENAL (2)
Em sintonia com o dia solar e quente, Renato Malcon, presidente do Conselho de Administração da Fundação Bienal do Mercosul, garantiu que a 11ª edição vai sair no ano que vem, enquanto Jorge Gerdau Johannpeter, um dos idealizadores e patrocinadores da megaexposição que se realiza desde 1997, destacou a importância de Porto Alegre sediar essa iniciativa artística e alertou para a calamidade cultural para o Estado que seria uma eventual descontinuidade do projeto. Já o cardápio foi só alegria: o espanhol José Luis Medrán, que já foi da equipe do incensado chef catalão Ferran Adrià no restaurante El Bulli, deliciou os convivas com um menu à base de frutos do mar e bacalhau.
DOMINGO DE BIENAL (3)
Vice-presidente da Bienal, o anfitrião Gilberto Schwartsmann recebeu os convidados do Domingo na Laurentia com uma série de atrações musicais em sua bela vinícola na região de Barra do Ribeiro. Nos jardins que abrigam diversas esculturas do artista Britto Velho, a trilha sonora foi o jazz tocado ao vivo por alguns dos melhores instrumentistas da cena local. Durante o almoço, a boa música teve apresentações do Coro Masculino Stadplatz e de integrantes da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, sob a regência do maestro Antonio Carlos Borges Cunha e com a participação do grande Jorginho do Trompete – que executou, entre outros temas, a pungente Oblivion, do mestre argentino Astor Piazzolla, atendendo a um pedido do dono da casa.