O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Yoon Suk-yeol, presidente sul coreano que decretou lei marcial de emergência no país nesta terça-feira (3), tem controvérsias e escândalos que marcam seu governo e levaram a sua crise de popularidade.
Meses após a sua posse, em 2022, 159 pessoas morreram durante uma celebração de Halloween em Seul. A tragédia ocorreu em uma área elevada, onde algumas pessoas caíram, causando esmagamentos.
Familiares continuavam insatisfeitos com a falta de responsabilização do caso, já que o local não apresentava segurança. Ainda durante o processo, Yoon barrou um projeto de lei propondo uma nova investigação sobre o incidente no início deste ano.
Outro escândalo envolve a primeira dama, Kim Keon Hee. Ela é foi acusada de aceitar uma bolsa de grife de mais de U$ 2 mil da marca Dior como presente. Isso violaria a lei anticorrupção do país, que proíbe funcionários públicos e seus cônjuges de receber presentes com o valor acima de US$ 750. Na época, o presidente chamou as alegações de "golpe político".
Ainda em novembro de 2022, mais um episódio envolvendo Yoon e sua esposa: tráfico de influência. Na época, informações vazadas apontavam que o casal influenciou indevidamente a escolha de membros do Partido do Poder Popular — de direita conversadora — para uma eleição parlamentar suplementar.
Certa vez, ao visitar um mercado de alimentos, ele elogiou o preço "razoável" das cebolinhas em uma área altamente subsidiada. Na ocasião, foi criticado pelo distanciamento da população em meio a uma inflação crescente.
A nível internacional, quando Donald Trump venceu a sua segunda eleição, Yoon disse que voltaria a praticar golfe, para se preparar para as reuniões com o republicano estadunidense.