O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu do seu pai no domingo (1º) o perdão presidencial. Ele era envolvido em dois casos criminais relacionados à evasão fiscal e à compra de uma arma de fogo.
Apesar da surpresa de Biden conceder a regalia ao seu próprio filho, já que repetidamente afirmou que não o faria, ele não é o primeiro presidente a conceder perdão a um parente.
Em 2020, Donald Trump concedeu a clemência a Charles Kushner, sogro de Ivanka Trump, filha do ex-presidente. Kushner era condenado por sonegação fiscal, doações ilegais de campanha e coação de testemunhas.
Do lado democrata, Bill Clinton perdoou seu meio-irmão Roger, que havia sido condenado por um crime relacionado à cocaína em 1985.
O que diferencia o caso de Hunter, é que tanto Clinton quanto Kushner já tinham cumprido penas quando o perdão foi concedido. A ação de Biden ocorre semanas antes do julgamento do filho.
O indulto
O indulto concedido por Biden funciona como um perdão total e incondicional aos atos praticados pelo filho, desde de 2014 até dezembro de 2024.
Em comunicado, o presidente dos EUA afirmou que Hunter teria sido condenado em um julgamento politicamente motivado e isso justificaria o indulto.
— Nenhuma pessoa razoável que analise os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer outra conclusão além de que ele foi alvo apenas porque é meu filho – e isso está errado — disse a nota.
O indulto também restaura direitos como poder votar ou concorrer a cargos públicos.