O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Não só o Brasil foi às urnas neste domingo (27). O Uruguai escolheu Yamandú Orsi, do partido de esquerda Frente Ampla, e Álvaro Delgado, centro-direitista do Partido Nacional, para disputar o segundo turno em 24 de novembro.
Orsi, pupilo do ex-presidente Pepe Mujica, teve larga vantagem, conquistando 43% dos votos contra 26% de Delgado, secretário da Presidência de Luis Alberto Lacalle Pou. O primeiro obteve pouco mais de 1 milhão de votos, e o segundo recebeu 644 mil.
Além disso, os uruguaios votaram em dois plebiscitos, e nenhum foi aprovado. Uma das consultas autorizaria operações policiais de busca, apreensão e prisão em domicílios durante a noite. Apenas 39% dos eleitores escolheram essa proposta, não atingindo o necessário para aprovação. O outro plebiscito revogava a reforma da Previdência realizada por Lacalle Pou, que aumentou a idade mínima para a aposentadoria de 60 para 65 anos. O "Sim" alcançou apenas 38,81%, também não sendo aprovado.
Entre os deputados e senadores, a Frente Ampla teve vantagem, com praticamente metade de cada bancada.
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