O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
A prefeitura de Porto Alegre divulgou nesta segunda-feira (26) a íntegra do relatório dos holandeses sobre falhas no sistema de proteção da Capital. O documento está disponível no site do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
O relatório verificou as causas da enchente e sugere melhorias no sistema de proteção da Capital. Os principais pontos detectados foram problemas nos diques de Porto Alegre, falhas nas estações de bombeamento e nas comportas e fragilidade no complexo de defesa da metrópole.
Alguns pontos
O documento apontou, também, que o Estado sofreu com fatores climáticos severos, que nunca se tinha visto parecido no Rio Grande do Sul, como a chuva em excesso, presença de vento que represou a água no Guaíba, na Região Metropolitana, e na Lagoa dos Patos, no Sul.
Sobre os sistemas de monitoramento e previsão de inundações, o relatório apontou que a rede de coleta de dados estava comprometida ou inoperante durante o evento climático e que o sistema de alerta à população foi pouco eficiente.
Em relação às comportas, muitas delas não operaram com eficiência, apresentando inúmeros vazamentos ou rompimentos. As casas de bombas tiveram os seus níveis d’água dentro das estruturas excedidos, comprometendo os controles elétricos. Sobre os diques de proteção, foi verificado que muitos estão rebaixados em alguns pontos.
Os holandeses também apontaram sugestões, como medidas a curto prazo: garantir um sistema de bombeamento temporário e preparar um plano abrangente de resposta a inundações de várias entidades. Entre as ações estruturais a longo prazo, sugeriram o aumento dos níveis da infraestrutura de proteção contra inundações dos diques e estações de bombeamento.
O documento está disponível no site da prefeitura e foi divulgado também pelo programa de Redução de Risco de Desastres (Disaster Risk Reduction - DRRS) que realizou o estudo.
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