Noruega e Reino Unido anunciaram nesta segunda-feira (11) uma contribuição de US$ 94 milhões para o Fundo Amazônia, mecanismo que tem como objetivo captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da floresta.
O anúncio foi feito no pavilhão do governo federal, na COP28, em Dubai.
Noruega doará US$ 50 milhões, e Reino Unido, US$ 44 milhões.
- O Fundo Amazônia tem se provado uma solução efetiva para apoio financeiro à floresta tropical para o Brasil ampliar os esforços em prol da Amazônia - disse Torris Jaeger - diretor executivo da Rainforest Foundation, da Noruega.
O fundo é basicamente mantido pela Noruega (mais de 90%) e pela Alemanha.
Além de apoiar comunidades tradicionais e ONGs que atuam na região, mecanismo também fornece recursos para Estados e municípios para ações de combate ao desmatamento e a incêndios. Um dos exemplos foi a compra de um avião usado em Rondônia para levar brigadas de emergência a focos de incêndio e para mapeamento de perigos à floresta.
Em 2019, os governos de Noruega e Alemanha bloquearam suas contribuições ao Fundo depois de o então presidente Jair Bolsonaro afirmou que a chanceler à época, Angela Merkel, deveria usar o dinheiro para bloqueado pelo país para reflorestar as florestas de sua própria nação.
Criado pelo governo federal em 2008 e retomado em 2023, na gestão de Lula, o Fundo Amazônia havia recebido desde a volta doações de cinco países (Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, União Europeia, Suíça e Dinamarca), além da União Europeia como um todo.