Um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) concluiu que, em 10 anos, os desastres naturais provocaram R$ 79,1 bilhões em prejuízos econômicos no Rio Grande do Sul. O setor agrícola foi o maior prejudicado (R$ 6,4 bi), seguido por habitação (R$ 1,7 bi) e a pecuária (R$ 771,1 milhões). Ainda conforme o levantamento, decretos de situação de emergência ou estado de calamidade pública nesse período acarretaram 4.294 decretações de anormalidade.
O período analisado compreende governos Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro e Lula em nível nacional e, no Estado, Tarso Genro, José Ivo Sartori e Eduardo Leite. Entre os danos humanos, o estudo contabiliza 312 mortos, sendo 68 por chuvas, 49.523 desabrigados e 386.967 desalojados.
Chuva e estiagem estão entre os principais desastres tabulados. Só temporais e enxurradas são responsávei spor R$ 12,6 bilhões em prejuízos, correspondendo a 16% do total de R$ 79,1 bi. A estiagem causou efeito devastador, nas palavras da pesquisa, afetando mais de 7,6 milhões de pessoas e prejuízos na faixa de R$ 66 bilhões (83,4% do total).
Enquanto o RS sofreu R$ 79,1 bi em prejuízos, a União pagou R$ 766,84 milhões ao Estado e municípios gaúchos afetados para execução de ações de drenagem urbana, prevenção, reabilitação, recuperação e reconstrução de áreas destruídas por calamidades.
Entre os municípios que apresentaram maiores prejuízos estão Itaqui, Uruguaiana e Pelotas.