O Senado aprovou nesta terça-feira (10), de forma simbólica, ou seja, sem necessidade de votação nominal, o decreto de intervenção na segurança do Distrito Federal (DF), editado no domingo (8), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida vale até 31 de janeiro.
Apesar da aprovação ter sido simbólica, parlamentares do partido de Jair Bolsonaro, o PL, fizeram questão de se posicionar contra o decreto.
Além disso, dois dos três parlamentares gaúchos também se posicionaram de forma contrária: os senadores Lasier Martins (Podemos) e Luiz Carlos Heinze (PP).
Em seu voto, Lasier, um dos oradores da sessão, justificou:
— Votei contra a intervenção na segurança de Brasília por entender que está havendo um excesso quando se resume toda a responsabilidade ao governador Ibaneis (Rocha). Isso é uma artifício, porque ninguém tinha mais necessidade, condições e obrigação de tomar precauções no domingo do que o governo federal, porque afinal estamos no centro do poder (...) Além do mais, todos os recursos de pessoal é o governo federal que tem. Para que serve a Abin? E o GSI? Que gabinete é esse que não concedeu segurança à instituição. O ministro da Defesa? O poder de convocar as Forças Armadas para se proteger quando se sabia que aquelas multidões que vinham se dirigindo a Brasília há vários dias não era a passeio...
A coluna questionou o argumento do senador Heinze e aguarda manifestação de sua assessoria.
Do partido de Lula, Paulo Paim (PT) votou a favor do decreto. Os três parlamentares gaúchos participaram da sessão, a primeira no Senado desde os ataques no domingo (1º), de forma remota. O Congresso está de recesso até 31 de janeiro.
Aprovado no Congresso, o texto já foi promulgado.