Criticado no início da pandemia pela demora na resposta ao avanço do coronavírus, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, agora, saiu na frente na Europa, voltando a impor medidas de restrição para evitar uma segunda onda da doença.
Nesta terça-feira (22), o governo voltou a limitar o horário de funcionamento dos bares e restaurantes e ampliou a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.
- Nunca em nossa história nosso destino coletivo e nossa saúde coletiva dependeram tão completamente de nosso comportamento individual - disse o primeiro-ministro, em uma mensagem à noite pela TV.
Muitas partes do país já estavam sob restrições locais, mas agora elas são generalizadas e, diante das evidências de que alguns não as respeitavam, o primeiro-ministro tentou mobilizar as consciências, ao mesmo tempo que aumenta os controles e as multas.
- Temos que evitar voltar para o caminho do confinamento geral como aconteceu em março - afirmou.
Isso significa que, por enquanto, não haverá novo lockdown, mas ele não está descartado.
A partir de quinta-feira (24), pubs, bares e restaurantes serão limitados a servir apenas nas mesas e deverão fechar as portas às 22h. O uso de máscara não está muito propagado. A partir de agora, funcionários dos estabelecimentos comerciais, usuários de táxis e clientes nos restaurantes, exceto para comer e beber, terão de usá-la.
O governo cancelou o retorno do público aos eventos esportivos, previsto para 1º de outubro, e todas as práticas esportivas coletivas internas para adultos serão limitadas a seis pessoas.
Serão aplicadas multas de até 10 mil libras (US$ 13 mil) para empresas e estabelecimentos comerciais que não respeitarem as restrições. E não usar a máscara, ou participar de reuniões com mais de seis pessoas, será punido com 200 libras na primeira infração.