Depois de 80 dias fechados, os Museus Vaticanos reabriram as portas ao público nesta segunda-feira (1º) pela primeira vez desde o início da pandemia de coronavírus. Cerca de 1,6 mil pessoas percorreram os corredores por trás dos muros da sede da Igreja Católica. Entre as famosas obras no interior do Vaticano está a Capela Sistina, cujo teto foi pintado por Michelangelo, no século 16. O local sagrado abriga a reunião dos cardeais para os conclaves sempre que um papa morre.
Várias medidas de proteção foram tomadas diante da pandemia. A Itália foi o primeiro país da Europa a enfrentar o coronavírus. Contabiliza hoje 233 mil casos e 33,4 mil mortes.
Nesses novos tempos, os visitantes passam por um teste de temperatura feito por escâneres termais remotos e precisam usar máscaras de proteção para ingressar nos museus. Os grupos também são pequenos em cada recinto. A limitação permite algo raro em situações normais: apreciar obras com calma e sem grande aglomeração de visitantes.
- É uma oportunidade única para admirar essas obras-primas universais sem a multidão de turistas dos últimos anos - disse a diretora Barbara Jatta.
Nos próximos dias, também serão reabertos os jardins do Vaticano e as Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo (residência de descanso dos papas).
Com o isolamento da Europa em razão da pandemia, a maioria dos visitantes nesses primeiros dias é de romanos. Nesta segunda-feira (1º), na reabertura, a diretora se dirigia a eles na entrada do complexo.
- Tomem novamente posse disso, de seus museus. E venham visitá-los, conhecê-los em detalhes e retornem - afirmava.
Os prédios abriam relíquias da Renascença, além de artefatos romanos e egípcios antigos. Os museus só podem ser visitados atualmente por meio de reservas pela internet para que as autoridades possam fazer o controle no número de pessoas presentes. Os museus receberam cerca de 7 milhões de visitantes no ano passado e são uma das principais fontes de renda da Santa Sé.