Os 10 tripulantes do barco pesqueiro brasileiro apreendido em águas do Uruguai estão sendo interrogados nesta terça-feira no porto de La Paloma, no país vizinho.
A embarcação Tatuíra, inscrita na Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul, foi apreendida 70 milhas náuticas da costa (cerca de 129 quilômetros), na madrugada de domingo, em uma operação da marinha uruguaia. Houve disparos de tiros de intimidação, depois que o barco, que fazia pesca ilegal, tentou escapar da abordagem. Na fuga, o Tatuíra quase colidiu com a fragata uruguaia que participava da ação.
Cerca de 10 toneladas de peixe corvina e badejo foram apreendidas, segundo a marinha uruguaia. O incidente teve início depois que uma aeronave de patrulha da aviação naval do Uruguai detectou o barco em águas uruguaias. Uma fragata, ROU 1 Uruguay, foi notificada e a operação foi lançada por volta de 5h de domingo.
A fragata disparou tiros de alerta com metralhadora de 12,7 mm. Além da ROU 1 Uruguay, participou da operação uma aeronave de patrulha marítima B-200T da aviação naval.
O barco brasileiro e sua tripulação são mantidos sob vigilância no porto de La Paloma. A carga ilegal foi confiscada e uma multa será aplicada. Até o momento, nem a Marinha Brasileira nem o Itamaraty se manifestaram sobre o caso. A Capitania dos Portos em Rio Grande tenta identificar o armador e os nomes dos integrantes da tripulação.