Indicado por Eduardo Coudet e com passagens pela seleção da Argentina, Renzo Saravia desembarcou em Porto Alegre e encantou a todos no Inter. Um lateral de boa marcação e qualidades evidentes no apoio. Só que o ano passado foi marcado por lesões importantes de joelho. A mais grave delas — rompimento de ligamento cruzado — vitimou Saravia, Moledo, Guerrero e Boschilia. Um surto destas lesões, que forçam uma cirurgia complexa e longo período de recuperação.
São seis meses, no mínimo, mas há casos que passaram deste tempo. Depois deste longo período de recuperação, com dezenas de sessões de fisioterapia, com o jogador se preparando para volta, veio a covid-19. Para jovens e atletas, o risco é muito pequeno, só que pode trazer deficiências musculares, tudo o que um jogador precisa para um esporte competitivo, de choques e disputas.
Curar o coronavírus foi o mais fácil. Difícil foi recuperar a condição física. Foi mais um período longo de trabalhos até voltar aos jogos. Voltando, ainda precisou de um período de adaptação às necessidades do atleta.
Tudo isso está sendo resolvido. Ele volta a viver sua plenitude física e a jogar o seu grande futebol. Contra o Flamengo, marcando Bruno Henrique, ele se impôs técnica e fisicamente, dando provas de recuperação plena e voltando a exibir seu talento. Digamos que é um reforço muito importante que o Inter está ganhando para continuar no Brasileirão.
LINDOSO OU CAIO VIDAL
No grande jogo do Maracanã, Rodrigo Lindoso estava em campo, sendo fundamental no processo de marcação que parou as estrelas do Flamengo. No entanto, existem muitos exemplos em que ele junto com Rodrigo Dourado não teve bom funcionamento com o time, travado por dois jogadores que exercitam a mesma função. E agora contra o Fluminense, o que deve fazer o treinador Diego Aguirre?
É claro que aquela situação tática do Maracanã é para defender, marcar fortemente um adversário muito qualificado. No domingo que vem, contra o Fluminense, o Inter deve esperar um adversário mais defensivo. Ele, Inter, é quem terá de tomar as iniciativas ofensivas. Neste caso não é melhor escalar Caio Vidal? Mas se o Fluminense será defensivo, não faltará espaço para Caio Vidal imprimir sua velocidade?
Posso ainda colocar nestes raciocínios que, por certo, estão na cabeça do treinador colorado e sua comissão técnica, a presença de Boschilia que está recuperado de lesão, deixando na frente Taison e Yuri Alberto, sem perder força de marcação. São raciocínios para que Diego Aguirre divida com seu travesseiro.