Foi contra o Flamengo. Depois de empatar com o Cuiabá e cair num buraco de descontentamento dos seus torcedores, Diego Aguirre montou um time com muita força defensiva, povoando o meio-campo do Inter. Com a incrível vantagem tática, chegou a uma goleada histórica sobre o Flamengo no Maracanã.
Dourado e Lindoso são dois volantes que protegem os zagueiros, criam espaços com suas coberturas para os laterais avançarem e ainda liberam Edenilson e Patrick, que precisam marcar menos. Na frente, há liberdade total para Taison e Yuri Alberto.
O time ganhou rigidez defensiva e, ao mesmo tempo, consegue atacar muito melhor. O crescimento técnico de Taison passa por este esquema. Ele é muito mais atacante do que meio-campista. É ele quem se junta a Yuri Alberto, que marcou quatro gols nos últimos dois jogos.
Edenilson vem como elemento surpresa. Contra o Fluminense, fez dois gols. Claro que contra times retrancados esta estrutura poderá encontrar dificuldades, e aí talvez seja importante tirar Lindoso ou Dourado e colocar Boschilia ali no meio, porque time retrancado exige do adversário maior capacidade técnica.
De alguma forma, este esquema de jogo lembra o que fez Abel Braga. Não concordo com o termo "esquema reativo". Penso em esquema equilibrado nas funções de atacar e defender. O que me parece o ideal em futebol.