O Flamengo não é mais o grande time do ano passado, quando era comandado por Jorge Jesus e passou o carro no Brasileirão e na Libertadores. Rogério Ceni pouco acrescenta taticamente. O que ainda o faz muito poderoso são seus grandes jogadores. Essa combinação faz de tudo para alcançar o Inter no topo da tabela.
Para cada posição é um craque e, no banco de reservas, outros jogadores no nível dos titulares. Nesta segunda-feira (1º) ganhou com naturalidade do Sport, em Recife, um time atrapalhado e modesto, que só tenta escapar do rebaixamento. Os cariocas fizeram três e poderiam ter feito outros tantos.
Lembro do jogo contra o Grêmio poucos dias atrás. Quando quis, jogou intensamente. Deu um chocolate no time de Renato e o desastre gremista só não foi maior porque Diego Souza existe. Parece que o Flamengo ganha quando quer.
Ceni puxou Arão para ser zagueiro, colocou a liderança de Diego no meio, e ele tem as parcerias de Arrascaeta, Gerson e Éverton Ribeiro. Quem é capaz de marcar estes caras? Na frente ainda tem os infernais Gabigol e Bruno Henrique. Todos em boa forma física, só jogando o Brasileirão e quatro pontos atrás do Inter. Aí é que mora o perigo.
Um time com esta capacidade individual de seus jogadores precisa ser respeitado. E cuidado de perto. O Inter precisa continuar ganhando, pois são quatro pontos de vantagem faltando cinco rodadas para terminar o campeonato. Tem o confronto direto, mas é no Maracanã. Vai ser disputa de ponto a ponto até o final. Grande Campeonato Brasileiro. Nunca tivemos nada igual.