Em uma definição talentosa, Lauro Quadros utilizou a expressão "gangorra" para explicar as diferenças de momentos entre a dupla Gre-Nal. Vira e mexe, relembramos o termo. Neste começo de temporada, mais uma vez podemos usar a metáfora.
Pelo menos até agora, o abismo que existe entre os dois clubes é profundo. As estatísticas apontam que o Grêmio faz seu melhor início de Estadual dos últimos anos, enquanto o Inter faz o pior. O período é de euforia para uns e de desconfiança e constrangimento para outros.
Devo dizer que o próximo jogo do Inter, contra o Brasil-Pel, na próxima segunda-feira (4), passa a ter, mais uma vez, caráter decisivo. Se não tiver sucesso, a insegurança, a desconfiança e a crise entram de vez no vestiário colorado. Agora, é hora de ter um ambiente propício para a preparação do time que irá encarar a primeira fase da Copa Libertadores da América.
Montar uma equipe competitiva, definir um esquema de jogo e ter tranquilidade para trabalhar são elementos que ficam em segundo plano quando o ambiente não é bom. Os comandados de Odair Hellmann têm apenas 33% de aproveitamento no Gauchão, número que beira o ridículo pela grandeza do clube e pelos investimentos feitos.
Do outro lado, a equipe de Renato Portaluppi vai a Caxias com a liderança isolada, sobrando no campeonato. Cumpre tabela para que seus jogadores ganhem mais ritmo e tenham uma preparação sem estresse para o torneio sul-americano.