Claro que se esperava mais do Inter nesta reta final de Série B. Aliás, esse grupo, comandado pelo mesmo treinador, já deu provas de que pode muito mais. Juntos, conseguiram 11 vitórias em 13 jogos. Apesar de todas as diferenças, que não são pequenas, entre os clubes, esse aproveitamento pode ser considerado uma façanha.
No início do ano, dizia-se, e o discurso não mudou, que o importante era garantir a volta à Série A. Faz tempo que se sabe que o Inter já subiu. Este fato precisa ser valorizado e comemorado, mas não podemos ignorar os desempenhos ruins das últimas partidas. Os maus resultados recentes evidenciam as dificuldades e carências do elenco.
Ninguém vai se enganar. Terminada a competição, no fim do mês, a direção terá muito tempo para reformular o grupo, contratar um treinador e uma nova comissão técnica. O Inter precisa ser pragmático, olhar para frente e buscar as soluções necessárias que, aliás, não são poucas. Ano que vem será diferente.
Não tenho nada contra Guto Ferreira. Ele montou um time e foi o responsável por garantir que o objetivo principal do ano fosse atingido. Mas os últimos jogos estão inviabilizando sua permanência no clube. Ainda restam quatro partidas para esboçar alguma reação diante da torcida, só que a cada jogo é uma nova decepção. O desempenho não dá mostras que vai evoluir. Iniciar o ano de 2018 com um treinador rejeitado é começar mal. Acho que Guto Ferreira não deve ficar.