Foi para o lixo a obra de arte de três metros de altura desaparecida desde agosto do ano passado na Casa de Cultura Mario Quintana.
É o que concluiu a sindicância instaurada ainda em 2017 para averiguar o paradeiro do painel Auditorium, assinado pela artista gaúcha Regina Silveira, um dos nomes mais aclamados da arte contemporânea brasileira.
A partir de documentos e depoimentos de testemunhas, a comissão formada por três servidores de carreira do Estado descobriu uma patacoada antológica. Como a parede do saguão de entrada do Teatro Bruno Kiefer – onde a obra estava instalada desde 1990 – precisava ser reformada, o painel foi levado para um depósito. Lá, acabou confundido com entulhos pela equipe encarregada de limpar o local e terminou no lixo.
– A responsabilidade não é da pessoa que trabalhava no depósito, mas de quem deu ordem para que o painel fosse para lá, um local inadequado para receber obra de arte – afirma Izabel Bohmgahren Motta, coordenadora do departamento jurídico da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.
Izabel disse não poder revelar a identidade do culpado pelo sumiço. O próximo passo é enviar o resultado da sindicância para a Procuradoria-Geral do Estado, que decidirá se processa ou não o autor da burrada.