Entre os quatro vereadores do PP, principal partido aliado do governo, três votarão contra o projeto de Marchezan que propõe aumentar o IPTU em até 25% em 2018. Um deles, Cassiá Carpes, subiu o tom em uma reunião com o prefeito na manhã de ontem.
– Tem que parar de chorar e administrar a cidade, porque até hoje não administrou! – disparou o vereador, criticando o discurso do prefeito de que falta dinheiro para tudo.
Marchezan rebateu sem exaltação. Disse que está fazendo o que pode, mas que, de fato, o município continuará sem serviços básicos, como capina e asfaltamento, e seguirá atrasando salários se a Câmara rejeitar uma série de propostas que aguardam por votação.
Por outro lado, dois vereadores que se diziam independentes estão prestes a ingressar na base aliada – e, com isso, engordar os votos favoráveis ao aumento do IPTU. São Alvoni Medina e José Freitas, ambos do PRB. Até aqui, o governo conta com 16 votos. Precisa de 19.
Ontem à tarde, os vereadores Mauro Zacher (PDT) e Felipe Camozatto (Novo) entraram com ações na Justiça para barrar a proposta do governo. Os dois argumentam que, como a Câmara já rejeitou o projeto do IPTU em setembro, não poderia a prefeitura reapresentá-lo ainda neste ano.